fbpx
puerperio

Durante a gravidez pesquisando saber um pouco sobre tudo desta fase, a tão famosa quarentena (período de resguardo após o parto ou puerpério) não me chamou a atenção.

Ser chamada de puérpera era como ouvir o meu nome em outro idioma.  Sentia como se ninguém tivesse o cuidado de me avisar sobre isso. O sentimento de desamparo e o medo do desconhecido me assolavam – na verdade, não me via como antes, e sabia que também não poderia, pois havia me tornado mãe da noite para o dia. Não me odiava, nem me gostava, simplesmente estranhava a mim mesma. Era como se eu não pudesse me sentir mal ou doente com aquela neném tão delicada nos braços e tão dependente de mim.

Questiona porque ninguém havia me alertado, tipo: “cuidado, não é fácil, mas você vai superar”. Uma amiga querida  disse mil vezes que precisaria de ajuda, mas achava que ela falava de uma babá ou uma empregada em casa todos os dias. Estas eram despesas que não cabiam no meu bolso, e que dei pouca importância. Precisei sentir na pele para chegar aqui neste post que tem o intuito de ajudar outras mães.

Ao longo da minha solteirice, confesso que me lembro de algumas menções sobre depressão pós-parto. E até uma entrevista da Brooke Shields no programa da Oprah relatando o que aconteceu com ela nessa fase – motivo pelo qual ela escreveu o livro: Depois do parto, a Dor.  Lembro também que naqueles meus vinte e poucos anos,  a entrevista dela me pareceu um pouco absurda – como sentir algum ruim quando um bebê lindo está nos braços?

Ahhhhhhhhh! Como hoje, depois de duas gestações e desafiadores puerpérios, sou capaz de compreender com clareza o que aconteceu com ela, comigo e com tantos mais tristes relatos que ouvi até aqui.

A natureza e a estranheza com que me deparei neste período foram imensas. Acho que isso é o que leva à depressão ou isso é depressão, não sei bem. Meus amigos médicos e parceiros poderiam detalhar melhor. Além disso, acredito que para cada mulher este período é único – também já ouvi casos de que nada parece ter acontecido ou tudo que aconteceu era normal. A irmã teve, a tia teve, a avó teve e a mãe teve. E quando este galho genealógico feminino não está por perto para contar? Ou não teve semelhante experiência para acalmar um coração aflito?

No meu caso, minha querida mãe disse não ter tido nada e a minha querida avó que esteve ao lado da filha em todos os momentos, já não tinha saúde para se lembrar ou me ajudar (desafio da minha gravidez tardia para os antigos padrões desta nossa sociedade). E o que me ajudou? Um marido super presente, uma amiga médica atenta e uma terapeuta alerta que ainda grávida me disse: “lembre que se você se sentir estranha de qualquer forma, ou notarem você estranha, saiba que você pode me ligar. Eu vou até você!”.  Naquele dia, no finalzinho da primeira gravidez me dei conta que esse assunto era sério, pois os terapeutas não são do tipo amigo que dá o telefone para ligar a qualquer hora.

Então, quando o seu puerpério chegar, saiba onde e para quem pedir ajuda.

Consultoria Para Mães tem por objetivo apoiar a mãe em cada fase da maternidade para sentir-se bem e com isso ser a melhor mãe que puder!

 

Compartilhe!

Se inscreva em nossa Newsletter!

Veja mais

O Equilíbrio Entre Maternidade e Trabalho

Soluções para Profissionais e Empresas