Que tal uma dose de realidade para esperar aquilo que tanto se espera? A tão esperada maternidade aconteceu para mim e foi assim:
Uma avalanche de perguntas me vinha a cabeça, mais intensamente entre os meus 30 e 40 anos, sobre ser mãe e a corrida contra o relógio biológico, mas eu parava tal avalanche com uma dose de realidade: “tudo isso eu não posso controlar. Vou ter que esperar para ver”. Como uma pessoa cheia de fé em Deus, sabia que ELE tinha algo especial reservado para mim. Entretanto, nem ELE e nem ninguém, podia me afirmar se seria mãe, quando seria, com quem seria e como seria. Afff! Fiquei cansada só de relembrar.
E como aconteceu com tantas pessoas conhecidas e amigas à minha volta, a resposta só veio com o tempo. E num tempo que se revelou mais adequado para cada uma das pessoas incluindo a mim. Seja pela resposta da escolha do parceiro, pelo método conceptivo, ou o médico a ser escolhido. Seja pelo efeito surpresa, inesperado ou pela tomada de decisão mais difícil. Seja pela possibilidade de engravidar, das inúmeras tentativas de fertilizar ou adotar como única opção de ser mãe. Chegou um momento em que me cansei de pensar e procurar respostas no mundo da imaginação. Confiei e acreditei que o melhor aconteceria para mim. Exercitei o que podia realmente fazer diante de tantos questionamentos, e então, a resposta veio ao seu tempo!
Quem diria que me casaria de novo aos 40, que engravidaria rapidamente e teria minha primeira filha aos 41 e meu segundo filho aos 42 anos? Não fui capaz de sonhar e nem imaginar o quanto tudo que aconteceu foi perfeito do jeito que foi para mim.
Então, quando não se sabe quanto vai esperar é preciso descobrir o que se pode fazer enquanto se está esperando.